sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Requião propõe salário mínimo de R$ 1.392 para professores


"Quem não trata a educação com respeito, um município que se despreocupa com a educação, pagará apenas R$ 950. Agora os municípios, que ao longo do tempo, com a sua preocupação com os professores e a qualidade da educação, criaram bons planos de cargos e salários, terão estes planos incidindo sobre estes R$ 950, e isto pode estourar os orçamentos. Ainda pior, tornará o salário dos professores extremamente díspare em todo o Brasil. Não é uma boa coisa. É o samba do crioulo doido”, falou Requião.

De acordo com o governador, o salário pago pelo Paraná está acima do proposto pelo Governo Federal. “Sobre o piso que pagamos existem as incidências do plano de cargos e salários, auxílio transporte, tempo de serviço, e outras vantagens que o Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE) oferece aos nossos professores”, lembrou.

Requião ressaltou que o governo também não concorda com a medida do Governo Federal que eleva a hora-atividade em 10%. “Aqui no Paraná nós já damos 20% para as horas-atividades. Isso nos obrigaria, neste momento, em que nós estamos pagando o melhor salário aos professores, a contratar mais 6 mil profissionais. Se nós formos aumentar a hora-atividade para 30 horas, nós teríamos que mudar todo o nosso plano de cargos e salários, e o PDE, que é a formação continuada dos professores, seria destruído”, disse.

“Junto com os governadores do Mato Grosso do Sul, de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e do Ceará, entramos com uma medida no Supremo Tribunal Federal para invalidar esta agressão do Governo Federal e do Congresso Nacional sobre a nossa organização de ensino. O Paraná seria extremamente prejudicado com estas medidas. Temos que conservar o que é bom e fazer o que nunca foi feito”, concluiu.

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